Há cerca de 15 dias, o Beato ganhou um novo ‘inclino’. Chama-se Casa do Capitão e tal como o nome indica, situa-se no edifício da Residência do Diretor da antiga Manutenção Militar. A Casa do Capitão é uma iniciativa pop-up que será, até outubro, a casa de muitos novos e talentosos artistas. Sexta-feira é dia de Sunflowers.
A Casa do Capitão chegou ao Beato no dia 13 de agosto e desde a sua chegada tem gerado boa ‘vibe’, divertimento entre amigos e distância de segurança, portanto, só razões para ir até lá.
Esta sexta-feira, pelas 18h30, sobem ao palco os Sunflowers. São como um ataque sónico surpresa no panorama musical português. É difícil apanhá-los parados e ainda mais difícil é fazê-los baixar o volume dos amplificadores.
Os Sunflowers contam já com 300 concertos, já partilharam o palco com bandas como Oh Sees, Moon Duo, Black Lips, Boogarins, La Femme, e tocaram em sitios como Festival Indigènes (FR), Endless Daze Fest (SA), Inner City Psych Fest (SA), Bristol Psych Fest (UK), Festival Europavox (FR), Festival Super Bock Super Rock (PT), NOS Alive (PT), entre muitos outros.
Silêncio que se vai ouvir o “Endless Voyage”. Um álbum conceptual sci-fi sobre o fim do mundo, a ascensão da máquina, o sentimento de ambiguidade sobre a própria individualidade e a aceitação do caos. Nele contam a história de Studiomaster, uma entidade misteriosa que ceifa as mentes decadentes da humanidade e perverte o seu sentido de realidade à medida que as puxa para o seu mundo. Uma sensação de calma extrema em que se chega a questionar o que está em redor. A viagem continua até ser impossível marcar uma linha entre a percepção do que é real e o que a máquina quer que acreditemos que é real.
“Endless Voyage” é uma montanha russa que percorre harmoniosamente os seus 40 minutos de duração, puxando e largando o ouvinte de um transe de que nem se apercebe que está. Com o fim chega também a realização de que foi totalmente capturado por esta viagem sónica, que lhe deixa um vazio melodioso nos ouvidos e alma.
A banda gravou “Endless Voyage” entre o Verão de 2018 e a Primavera de 2019, dividindo as gravações entre a Casa do Soto, Arouca, e Arda Recording Co. e a sua própria casa, ambos no Porto. O álbum foi lançado no dia 7 de Fevereiro de 2020, num co-lançamento entre Stolen Body Records, de Bristol (UK) e Only Lovers Records, de Poitiers (FR).
Está preparado? Falta apenas o bilhete (7€) e a companhia perfeita para ser um final de tarde memorável.