Faltam menos de 24 horas para o inicio do Oktober Festa. O Orientre passou pelas três cervejeiras e desvenda-lhe tudo sobre o festival mais cervejeiro do momento.
Quem são?
Susana Cascais e Scott Steffens fundaram a empresa no final de 2013, durante uma época negra da recessão económica em Portugal, e quando a variedade de cerveja em Lisboa não existia. Em 2014 foi adquirido o equipamento e instalada a fábrica em Marvila — um bairro industrial votado ao esquecimento desde há algumas décadas. No Verão de 2015 foram produzidas e lançadas as primeiras cervejas, e no final desse ano, o Tap Room abriu as portas ao público (primeiro espaço do género em Portugal).
A paixão por produzir cerveja e o desafio de fazer as melhores cervejas possíveis levaram à criação de dezenas de estilos. Centenas de brassagens depois, a missão mantém-se intacta – a decisão de fazer cerveja honesta e genuína, numa cervejeira 100% independente e familiar, que prima pela inovação, inspiração e qualidade.
Em 2019, e respondendo à crescente procura de cerveja artesanal em Portugal, a Dois Corvos inaugura uma nova unidade fabril que duplica a capacidade de produção da marca. Com uma área de 1.700 m² a nova fábrica incorpora a zona de produção (brassagem, fermentação, engarrafamento e embarrilamento) e armazenamento no mesmo edifício, mantendo, a 1.500 metros da unidade fabril, o Tap Room Dois Corvos, atualmente com 17 torneiras.
Com uma equipa de 17 colaboradores, a produção da marca atinge atualmente os 2.000 hectolitros anuais.
António Carriço e Pedro Vieira são os responsáveis pela cerveja Lince. António fez a sua primeira cerveja há três anos. Pedro Vieira, que foi seu colega de trabalho na Vodafone, juntou-se pouco depois. Começaram com baldes de vinte litros, depois compraram um kit de produção caseiro e transformaram uma garagem numa mini cervejaria.
De um hobby nasceu uma cervejeira. Lançaram a primeira cerveja, uma belgian pale ale com um toque de laranja, no final de 2017, mas eventualmente introduziram mais garrafas: uma IPA de inspiração americana, uma stout para os apreciadores de cerveja preta e uma blonde ale que tem a particularidade de ser vendida em garrafas de mini.
A fábrica fica na Rua do Açúcar, mas ao contrário dos vizinhos não tem um balcão para quem quiser experimentar as cervejas.
Foi algures na A1, numa viagem entre o Porto e Lisboa, que Bruno e Nuno decidiram que estava na hora de se beber ainda melhor cerveja em Portugal.
Rapidamente perceberam que a estrada era o único caminho para dar andamento à coisa. A partir dai muitos quilómetros foram feitos com um único objetivo: assistir à grande revolução da cerveja artesanal pelo mundo. Loucas Breweries foram visitadas, longas conversas foram desenrodilhadas e, acima de tudo, demasiadas cervejas foram bebidas. Faltava, no entanto, o fio condutor da ideia, um cervejeiro.
Começou há três anos o projecto de trazer até Marvila, e daí ao resto do país, uma nova forma de beber e olhar a cerveja. O mote foi dado pelas três cervejas iniciais, Mick Lager, Born in the IPA e Red Zeppelin, que, hoje, integram as mais de 30 variedades que, desde então, se serviram na Fábrica da MUSA. Um espaço que se assumiu como ponto de encontro obrigatório para os apreciadores da bebida e de música, que cruza a fábrica com o bar, a sala de concertos com os petiscos, o consumo com produção.
Três anos depois, a Musa abre dois novos espaços, na Bica (Lisboa) e nas Virtudes (Porto).
Localizada no bairro mais industrial de Lisboa, a Fábrica da Musa produz cerca de 500 mil litros de cerveja por ano e muitas paletes de felicidade.