Fomos saber mais sobre este edifício industrial histórico da Rua do Açúcar, em Marvila
A “Fábrica Nacional de Borracha” fundada, em 1898, por Victor C. Cordier, com capitais de origem belga, mudou a sua designação comercial para “Fábrica de Borracha Luso-Belga”, em 1929.
Fábrica de Borracha Luso-Belga” ligava com a “Companhia Portuguesa de Fósforos”
Único polo de transformação deste produto em Portugal, a fábrica comercializava tubos e chupadores para regas, guarnecimento de cilindros, folhas de borracha para calçado, correias, amiantos, artigos para cirurgia, sacos de águia quente, solas, tacões de borracha, bolas e bonecos em borracha para brinquedos, entre outros. Produzia, desta forma, todo o tipo de artigos em borracha e ebonite, assim como produziu e comercializou calçado em borracha envernizada com a marca “Lusbel”, para além de ter a concessão da patente internacional da Standard Super-moulding Co. Lda. para a moldagem de pneus das marcas Michelin, Englebert e Dunlop.
Esta fábrica entrou em processo de falência, em Junho de 1974, vindo a encerrar as portas em 1975. Este exemplar de arquitectura industrial oitocentista, formava uma unidade, ocupando um quarteirão amplo com um conjunto de edifícios distribuídos por várias zonas: uma zona mais moderna, actualmente ocupada por escritórios; zonas de produção, que integravam um edifício mais antigo, datado do séc. XIX, e uma zona mais moderna, com telhados em “shed”; e a zona das caldeiras, onde se erguia uma ampla chaminé de tijolo.
Artigo originalmente publicado por: RESTOS DE COLECÇÃO